Protestos Iranienses e a Copa do Mundo: Uma Realidade Alternativa
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ToggleA Copa do Mundo costuma ser uma celebração para os fãs de futebol ao redor do mundo, especialmente quando suas seleções estão competindo. No entanto, para os iranianos que protestam contra o regime em Teerã, o torneio é apenas um pano de fundo. A esperança é que os jogadores da seleção usem essa plataforma para apoiar o povo nas ruas.
Abertura da Copa do Mundo de 2018
No jogo de abertura da Copa do Mundo de 2018 na Rússia, os espectadores viram a equipe do Irã cantando o hino nacional, alguns com as mãos sobre o coração. Após o gol contra de Bouhaddouz, do Marrocos, ruas de Teerã se encheram de alegria pela vitória da seleção. No entanto, os iranianos voltaram às ruas em 2022, mas por razões muito diferentes.
Uma Morte Trágica
Em 16 de setembro de 2022, Mahsa Amini, uma jovem iraniana de 22 anos, faleceu após ser detida pela polícia moral, acusada de não seguir as rígidas regras de vestimenta para mulheres. Testemunhas afirmaram que ela foi brutalmente espancada. Embora a polícia alegasse que a causa da morte foi um ataque cardíaco, sua família contestou essa versão, insistindo que ela estava saudável quando foi detida. O falecimento de Amini provocou uma onda de protestos em busca de justiça, que foram violentamente reprimidos pelo regime.
Protestos no Futebol
Atletas iranianos não ficaram em silêncio. Na primeira liga de futebol do Irã, vários jogadores se recusaram a comemorar gols, destacando seu apoio aos manifestantes villarreal x las palmas. No início de novembro, jogadores do FC Esteghlal condicionaram sua presença na premiação da Supercopa à entrega do troféu sem festividades. Essas partidas ocorreram sem público devido ao temor de distúrbios.
Os protestos dos jogadores também se estenderam à seleção nacional. Durante uma partida contra o Senegal, os atletas não celebraram o empate, enquanto torcedores iranianos fora do estádio faziam barulho para demonstrar seu apoio, a ponto de a transmissão no país ser feita sem som.
Solidariedade de Lendas do Futebol
Figuras icônicas, como Ali Daei, anunciaram que não participariam da Copa do Mundo no Catar em solidariedade aos manifestantes. Ele expressou sua preferência por estar com seu povo, além de criticar a situação atual. Rumores sobre sua prisão surgiram, mas foram desmentidos pela Federação Iraniana de Futebol.
Ali Karimi, outro ex-jogador, condenou a morte de Amini, pedindo o fim da violência. O atleta Saeed Piramoon fez um gesto simbólico imitando o corte de cabelo durante uma competição, apoiando assim os manifestantes. Sardar Azmoun, por sua vez, utilizou suas redes sociais para criticar o governo, afirmando que vale a pena sacrificar tudo por um ideal savarino no corinthians.
O Que Esperar da Copa do Mundo no Catar?
Outras seleções esportivas do Irã, como as de basquete e vôlei, também se manifestaram em solidariedade, mas com menos impacto. estatísticas de stade brestois 29 x le havre ac No entanto, a Copa do Mundo traz um campo muito maior para visibilidade. As autoridades iranianas estão cientes de que as ações dos jogadores no cenário internacional serão difíceis de ignorar, especialmente em partidas contra inimigos tradicionais como Inglaterra e Estados Unidos.
O técnico Carlos Queiroz afirmou que os jogadores têm liberdade de se manifestar, desde que respeitem as regras do torneio inter x metropolitano . Para muitos iranianos, a Copa deste ano não terá o mesmo glamour de edições passadas. Afinal, como é possível celebrar gols enquanto pessoas lutam nas ruas por justiça?
Apesar do cenário, os iranianos ainda assistirão aos jogos, na esperança de que os jogadores da seleção proporcionem momentos de orgulho em meio à adversidade. Como você acha que os jogadores irão se comportar durante a Copa do Mundo no Catar?