A Federação Internacional do Automobilismo (FIA) anunciou novas mudanças no regulamento que serão colocadas em prática a partir de 2026. Dentre elas, algumas alterações dos novos carros chamaram a atenção.
A atualização determinada foi nos chassis dos veÃculos, que passaram a ser 30 kg mais leves do que os atuais, com 768 kg (722 kg de peso entre carro e piloto + 46 kg como massa estimada do pneu).
A primeira alteração foi no ano passado, com nova configuração das unidades de potência. A Fórmula 1 decidiu manter o motor turbo hÃbrido V6, mas com alguns ajustes visando redução de custo e sustentabilidade.
Longevidade dos pilotos
Paralelamente a Fórmula 1 experimenta um ano de alta na média de idade de seus grid, com uma média de 29 anos, a maior nos últimos 6 anos de competição. Segundo Ricardo Takahashi, especialista em fisioterapia esportiva e sócio da Sonafe €“ Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade FÃsica, o preparo individual colocou esses atletas em condições de estender a permanência na categoria.
“A Fórmula 1 hoje não só proporciona aos pilotos veteranos as condições necessárias para competirem de igual para igual com os mais jovens, mas também adapta os programas de treinamento à s suas necessidades individuais, incluindo testes de força e cognitivos”, detalha Ricardo.
Alonso e Hamilton, veteranos do esporte, puderam aproveitar a chance de estender ou assinar novos contratos e viver mais uma passagem da geração do automobilismo. O Espanhol, por exemplo, já com 42 anos, renovou com o Aston Martin por duas temporadas, ficando até 2026.
Por outro lado o Britânico anunciou sua saÃda da Mercedes, equipe em que esteve por 13 temporadas, para ingressar na Ferrari em 2025. O contrato do piloto garantirá sua permanência até os 41 anos, já que o contrato terá a mesma duração do de Alonso.
Para a Dra. Flávia Magalhães, médica do esporte e especialista em fisiologia do exercÃcio, os fatores determinantes na longevidade de atletas como Alonso e Hamilton baseiam-se no cuidado contÃnuo ao longo da carreira, além das medidas de segurança e adaptações feitas ao longo da evolução do automobilismo
“Um atleta de alta performance sempre deve ter em mente que seu corpo é sua ferramenta de trabalho e todos os pilares da saúde estão envolvidos na manutenção e longevidade da sua carreira. Dentre os pilares, podemos citar nutrição, mobilidade articular, simetria muscular, sono, recuperação, carga de treino, e os sistemas cardiorrespiratório e endócrino, além de cuidados com o sistema renal e urogenital. Também não podemos negligenciar a utilização correta dos equipamentos, essencial no automobilismo”, afirma a doutora.
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