'Ninguém é capaz de dizer se é possível controlar o coronavírus até julho do ano que vem', disse Toshiro Muto
Arcos olímpicos na frente de painel anunciando adiamento dos Jogos de Tóquio para 2021 Foto: Dado Ruvic/Reuters (24.mar.2020)
10/04/2020 às 14:28
Em uma primeira coletiva de imprensa remota, o CEO da Tokyo 2020, Toshiro Muto, afirmou que os organizadores pretendem manter a nova data, estipulada em 23 de julho de 2021, independentemente do tempo que leve para conter o surto de coronavírus. Em sua declaração, entretanto, deixou claro que as incertezas ainda dominam as discussões sobre o evento.
“Acho que ninguém é capaz de dizer se é possível ou não controlar o avanço do coronavírus até julho do ano que vem”, disse Muto. “Certamente não estamos em posição de dar uma resposta clara sobre essa pergunta.”
No mês passado, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o governo japonês concordaram em adiar a competição, que deveria acontecer em julho deste ano, por causa do impacto do coronavírus em todo o mundo. Divulgado no último dia 30/3, o novo período para a realização dos Jogos Olímpicos deve ocupar os dias entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021.
Esta foi a primeira vez na era moderna que a competição foi adiada. Em outros três momentos críticos, durante as duas Grandes Guerras Mundiais, os jogos de Berlim 1916, Japão 1940 e Londres 1944 foram cancelados.
“No entanto, tomamos a decisão de adiar os Jogos em um ano. Então, tudo que podemos fazer agora é trabalhar duro para organizar a competição neste tempo que temos”, concluiu Muto.
Por causa das restrições de viagem impostas após o coronavírus, Muto também anunciou que a visita agendada do presidente do COI Thomas Bach ao Japão, que aconteceria em maio, foi cancelada.
O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe decretou estado de emergência na terça-feira (7). Nesta semana, o Japão registrou mais de 6 mil casos de coronavírus e 112 mortes, de acordo com a mídia local.
*Com informações da Reuters
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